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22% do orçamento europeu será para o turismo
A secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, congratula-se com o facto de “22% do orçamento europeu ser dirigido para o turismo”. Rita Marques, numa reação ao acordo histórico alcançado pelos líderes europeus, sublinha que as regiões mais afetadas serão privilegiadas. O Algarve vai ter 300 milhões do pacote de mais de 45 mil milhões de euros que Portugal assegurou esta terça-feira em Bruxelas.
Entre os 45,1 mil milhões de euros que o país irá agora arrecadar incluem-se 15,3 mil milhões de euros em transferências a fundo perdido exatamente no âmbito desse programa para a recuperação, bem como 29,8 mil milhões de euros em subsídios do orçamento da UE a longo prazo 2021-2027. A estes montantes acrescem 10,8 mil milhões de euros em empréstimos, ainda no âmbito do Fundo de Recuperação.
Na conferência de imprensa no final do Conselho, António Costa, citado pela Lusa, destacou que o acordo europeu surge numa altura em que Portugal “luta para continuar a conter a pandemia, para manter vivas as empresas, os postos de trabalho e os rendimentos das famílias”, e frisou a necessidade de dar “energia suplementar” ao país. E foi nesse âmbito que anunciou um “programa específico para a região do Algarve”, suportado por 300 milhões de euros adicionais na área da Coesão, e que visa “apoiar a diversificação da sua economia, melhorar infraestruturas e fazer investimentos necessários no setor da saúde”.
“A crise que estamos a atravessar tem atingido particularmente o turismo, o que tem significado um sacrifício muito particular para a região do Algarve, sendo aliás aquela onde o desemprego tem subido de forma mais dramática, e é uma região que, sendo de transição, já há vários anos que tem uma dotação de fundos inferior a outras regiões”, justificou António Costa.
Em entrevista à SIC Notícias, a secretária de Estado do Turismo corroborou a necessidade “de distinguir algumas das mais impactadas, mas também seguir muito atenção as outras regiões do país”. Rita Marques lembra ainda que a gravidade da crise que o setor do turismo atravessa levou a que já fossem ventilados “1,3 mil milhões de euros para as empresas do setor na perspetiva de manutenção de emprego”, já que o setor dá emprego a cerca de 397 mil trabalhadores.
A secretária de Estado recusa que este seja um mau momento para investir. “Não vamos deixar de fazer turismo nem de querer viajar, por isso estamos esperançosos que a situação se possa resolver, não com a brevidade que gostaríamos”, diz a responsável na SIC Notícias, lembrando que “o turismo de natureza é uma grande tendência agudizada pelas circunstâncias atuais”. “Por isso estamos certos que estes equipamentos encontrarão novos usos e concessionários interessados na sua exploração comercial para contribuir para a criação de emprego local e e experiências turísticas”, concluiu.
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